terça-feira, 19 de novembro de 2013

Capítulo 39: Os Vikings

Sabemos que os bárbaros invadiram em massa as terras romanas. Um povo bárbaro que merece muita atenção é o viking. Sua influência mudaria o mundo mais tarde.

Viking era o nome pelo qual eram chamados por outras civilizações. Eles chamavam a si mesmos de dinamarqueses. Hoje em dia também os chamamos de escandinavos ou nórdicos.

Os vikings desenvolveram atividades agrícolas no começo, mas acharam nos mares o melhor lucro. Pode-se considerar que eram os melhores comerciantes marítimos da época. Criaram barcos especiais, os barcos-dragões (drakkars), que exibiam carrancas entalhadas. Essas carrancas serviam, segundo a crença, para espantar os maus espíritos dos mares. Os drakkars eram extremamente rápidos na água, o que permitia aos vikings entrar, saquear e fugir sem dar tempo para as vítimas convocarem reforços.



Em 865 os vikings dominaram a região da Bretanha. Chegaram também a Groenlândia, a França, a parte Norte da Europa, partes da Rússia e até no Império Bizantino. Foram responsáveis, inclusive, pela destruição do Reino dos Francos. O imperador bizantino, Basílio II, contratou um grupo de vikings para servirem como seus soldados pessoais, formando a Guarda Varegue.

Quando a negociação não era suficiente, os vikings mostravam sua força. Eles também recorreram a pirataria por muito tempo, e foi pela violência que ficaram conhecidos. Os vikings eram máquinas de combate altamente treinadas e preparadas. Viviam em territórios muito frios, o que aumentava sua resistência. Suas armas principais eram os machados, armas que exigiam muita força. Também eram bons no combate corpo-a-corpo, usando de técnicas sujas, como morder o pescoço até rasgar as veias.



As produções cinematográficas de hoje em dia mistificaram os vikings, aumentando seu nível de crueldade e colocando-os como unicamente guerreiros, se esquecendo da parte de que eram grandes velejadores e comerciantes. Criaram também os míticos "chapéus com chifres". Na verdade os elmos vikings eram cônicos e sem chifres, embora alguns relatos confirmem que alguns tinham asas. Isso foi só uma ideia para parecerem mais demoníacos, como eram descritos pelos devotos da época.



O líder dos vikings era geralmente o guerreiro mais poderoso. Os pais treinavam os filhos homens a serem guerreiros e mercadores, enquanto as mulheres educavam as filhas para cozinharem e cuidarem das casas. Dizemos casas, mas com as difíceis condições do sul, os dinamarqueses costumavam viver em cabanas, feitas de madeira e couro de animais como leões-marinhos.

A cultura viking era cheia de deuses guerreiros poderosos. O principal era Odin, deus da sabedoria. Porém os guerreiros cultuavam mais o grande Thor, deus dos trovões. Segundo a tradição, os guerreiros que morressem em combate eram resgatados pelas valquírias, cavaleiras voadoras, e levados ao Valhala, o palácio de Odin onde festejariam e beberiam até o Ragnarok, o fim do mundo. Acreditavam em vários mundos, que dividiam as raças como gigantes, elfos, deuses, humanos e o inferno.



Em meados do século X começaram a aceitar gradativamente o cristianismo, até o paganismo ser abolido. No século XI, devido aos paradigmas da nova religião, eles deixaram de guerrear e estabeleceram reinos que formariam a Noruega, Dinamarca e Suécia. E isso levou a sua queda.


A grande expansão viking mostrou ao mundo o que era navegar. Isso influenciaria muito tempo depois, na Era das Grandes Navegações. Por falar nisso, existem documentos históricos indicando que o viking Leif Eriksson foi o primeiro europeu a chegar a América, muito antes de Colombo.



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Veremos mais tarde o resultado dos vikings terem mostrado ao mundo suas técnicas naúticas!

Até a próxima postagem!

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