Como citado no capítulo anterior, Júlio César chegou ao poder após derrotar seu parceiro de governo, Pompeu, que tentou tirá-lo do poder. Com isso ele teve poder para governar sobre o exército.
César muitas vezes é comparado a Alexandre, o Grande. Ele nunca perdeu uma batalha, e dominava tudo que queria. Uma característica que César possuía e que o diferenciava dos demais era seu nível de relacionamento com seu exército. Conta-se que César sabia o nome de cada um dos seus soldados, e isso criava uma relação de amizade entre eles, não uma relação de chefe e empregado.
César dominou territórios na Hispânia (atual Espanha) e na Lusitânia (atual Portugual). Chegou ao Egito, onde foi amante da famosa rainha egípcia Cleópatra, a quem fez rainha do Egito. César conseguiu chegar até a chamada Britânia (atual Reino Unido), onde foi responsável pelo quase extermínio dos druídas e da cultura britânica.
Porém foi nas Guerras da Gália que César se engrandeceu. Por volta de 58 a.C. César partiu para o Norte em busca de novas terras. Ele pretendia exterminar os bárbaros, como eram chamados os povos de fora de Roma e que não falavam latim.
A Gália estava dividida em três povos: os gauleses, os belgas e os aquitanos. Entre esses povos havia muitas divisões em tribos, o que causava desunião entre eles, e consequentemente uma fraca organização de defesa.
César se aproveitou disso e moveu a chamada legião, um exército organizado e bem dividido. Com quatro legiões, totalizando 24 mil soldados, ele conseguiu dominar os territórios em seis anos. Porém havia um sujeito que não queria ser derrotado de jeito nenhum. Era o chefe gaulês Vercingetórix. Ele havia reunido um bom exército, que conseguia fazer baixas significativas nos romanos.
No ano de 52 a.C. ocorre a Batalha de Alésia. Vercingetórix consegue a proeza de unir as tribos gaulesas, juntando um exército de quase 350 mil homens. César estava com 12 legiões, totalizando pouco mais de 60 mil soldados. Após uma leve batalha, os gauleses se refugiam na cidade murada de Alésia, na tentativa de se manterem seguros até a chegada de reforços, a outra parte do exército com 270 mil soldados. E os romanos fecharam o cerco a cidade.
Quando César ficou sabendo dos reforços que estavam chegando, ele mandou construir muralhas. Então Alésia, que era murada, recebeu mais um muro. Dentro do primeiro muro, os gauleses, e entre os muros os romanos. Fora dos muros os reforços.
Os romanos montaram acampamento e começaram as construções, em tempo recorde. Os gauleses tentaram várias vezes cortar os suprimentos dos romanos, já que o exército estava menor, com soldados trabalhando como coletores e construtores.
Os reforços, mal organizados (já que pertenciam a várias tribos diferentes) se dispersaram no caminho até Alésia e chegaram famintos e fragmentados. Foram facilmente derrotados pelos romanos.
Quem estava faminto também era o povo dentro de Alésia, já que não podiam sair para coletar alimentos. O exército estava fraco e reduzido. Então Vercingetórix percebeu que o melhor era se render. Ele foi até César, jogou as armas no chão e se curvou. César foi esperto e não matou o líder, pois sabia que sua morte o tornaria um mártir e serviria de incentivo a união das tribos novamente. A derrota de Vercingetórix marcou o fim das Guerras Gálias.
Muita coisa que se sabe sobre ele e Roma veio do seu livro "De Bello Gallico", onde o próprio César descreve as batalhas na Gália. O historiador antigo Plutarco também escreveu sobre César, e contou que ele dominou mais de 800 cidades e fez mais de um milhão de escravos.
Em 44 a.C. César voltou para Roma após muitas conquistas e se declarou ditador perpétuo. Isso enfureceu os senadores, que ordenaram seu assassinato. Entre os assassinos estava seu filho, Brutus. Antes de morrer César disse a famosa frase "Até tu, Brutus, meu filho!".
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Até a próxima postagem!
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