Nesta parte mais adiante ao Oriente temos quatro civilizações em crescimento acelerado: China, Japão, Índia e Mongólia.
A China possui uma história muito antiga, porém que não tem tanta relevância. Até mais ou menos o século V a.C., onde deu início o Período dos Reinos Combatentes. Nessa época a China era dividida em estados separados, que estavam constantemente em guerra entre si. Porém havia um estado em especial, Qin, extremamente militarista e bem poderoso. Com 12 anos, Qin Shihuang assumiu o trono de Qin e com 21 iniciou campanhas militares. Ele foi o primeiro a conseguir unir os estados. Em 221 a.C. a China estava unificada, e Qin Shihuang se declarou o "Primeiro Imperador da China".
Ele unificou a moeda local, construiu estradas por todo o reino e mudou a economia e política local. Seu primeiro-ministro Li Si padronizou a escrita ao criar um novo alfabeto de caracteres.
Para assegurar seu território ele ordenou a construção de muros em torno de seu novo império. Já haviam algumas construções de pé, e o que os operários tiveram de fazer era ligá-las. Surgia a Muralha da China, uma construção que existe até hoje e é considerada uma das Maravilhas do Mundo, com mais de 20 mil quilômetros de comprimento. Mais de 1 milhão de operários trabalharam na obra.
Qin Shihuang era um dos homens mais poderosos da humanidade, líder de um grande império. Mas ele temia morrer e perder tudo aquilo, então fez de tudo para conseguir a imortalidade.
Surgia então o papel dos alquimistas chineses. Eles eram como cientistas-mágicos da Antiguidade. O trabalho dos alquimistas não trouxe a fórmula da imortalidade, mas sem querer trouxeram outras coisas importantes, como a pólvora, por exemplo.
Em um dos testes com poções da imortalidade, Qin Shihuang bebeu uma que havia muito mercúrio, e acabou morrendo. Ele foi enterrado em um mausoléu imenso, junto com um exército de 8 mil soldados feitos em barro, com tamanho natural e cada um era diferente do outro. Era o Exército de Terracota.
Voltando um pouco no tempo, no ano de 563 a.C. nasceu no Nepal o príncipe Siddhartha Gautama. Seu pai queria que ele fosse um grande rei, por isso o privou de qualquer ensinamento religioso e da tristeza humana, como doenças e envelhecimento. Gautama sempre teve tudo o que precisava, mas sentia que não era aquilo que ele queria. Quando completou 29 anos ele resolveu sair do palácio e passear pelo reino. Foi quando o sofrimento humano lhe chegou aos olhos. Ele viu doentes cheios de chagas e velhos mendigos. Ficou muito triste com isso.
Então Gautama partiu do palácio para viver uma vida de privações. Livrou-se se seus bens materiais e passou a viver meditando, em busca da iluminação. Pelo seu caminho foi encontrando seguidores. Gautama recebeu um novo nome, Buda, que significa "Iluminado". A partir daí surgia uma nova religião, o Budismo, baseado na privação de bens materiais para alcançar um estado iluminado.
Um dos mais fervorosos seguidores do Budismo foi, trezentos anos mais tarde, o imperador Ashoka Vardhana.
Na Índia um império muito grande se erguia, chamado de Império Máuria, fundado após reconquista de alguns territórios que antes pertencia a Alexandre, o Grande. O maior imperador foi Ashoka. Ele expandiu mais ainda o império.
Em 265 a.C. quando se deparou com o estado de Kalinga resolveu logo atacá-lo. Houve um massacre imenso, e Ashoka quase enlouqueceu ao perceber o que ele próprio havia feito, ao ver tanta gente inocente morta. Após isso Ashoka se tornou fiel seguidor do Budismo, e foi responsável por propagá-lo na Índia, ordenando a construção de várias estátuas em homenagem ao Buda. Por isso o Budismo é tão associado a Índia.
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Até a próxima postagem!
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