domingo, 14 de julho de 2013

Capítulo 4: A Vida começa na Água

Antes de ler esta postagem, sugiro que você leia esta aqui: Discussões sobre a Origem da Vida, que explica melhor algumas coisas.

Após nosso maravilhoso planeta adquirir consistência, como vimos no capítulo anterior, algo muito especial começou a acontecer com ele.

A Terra está relativamente agradável. Temos a camada de ozônio evitando o bombardeamento do Sol, nosso próprio campo magnético, terra firme, água limpa e abundante... E é bom lembrar que temos apenas um imenso pedaço de terra seca, ou seja, todos os mares estão interligados e desde então ainda formam a maior parte da superfície da Terra.

E foi na água que tudo começou. Independente da teoria, todas dizem o mesmo: a vida surgiu com organismos simples na água.

Alguns cientistas tentaram simular como a Terra era no passado em busca de respostas. E foi assim que acharam muitas informações importantes. Três cientistas colaboraram muito para as descobertas. Foram eles: Oparin, Haldane e Miller.

O bioquímico russo Aleksadr Oparin e o biólogo inglês J.B.S. Haldane trabalharam . Eles levaram em consideração as condições da Terra na época. A atmosfera era composta por muitos gases, como hidrogênio, metano, amônia e vapor de água. E muitas tempestades elétricas também aconteciam, junto com os intensos raios ultravioleta do Sol. 


Oparin e Haldane consideraram que as descargas elétricas e os raios ultravioletas criaram reações químicas com os gases, criando moléculas essenciais a vida, como aminoácidos.

Em 1953, o estadunidense Stanley Miller, na época um estudante supervisionado por seu professor, realizou a experiência que confirmou as hipóteses de Oparin e Haldane. Com seu sistema que simulava a Terra ele conseguiu obter aminoácidos. Para entender a experiência, clique aqui.



Admitindo que com as reações criavam muitos aminoácidos na Terra, partimos para o próximo passo. Esses aminoácidos começaram a se unir, formando proteínas. Tudo isso na água. E essas proteínas também teriam se unido, formando os chamados coacervados. Um coacervado é um aglomerado de proteínas, e já é considerado uma forma de vida. Melhor dizendo, a primeira forma de vida.


Coacervados observados com um microscópio

Com o tempo esses coacervados desenvolveram uma camada externa que as protegia e ainda controlava a entrada e saída de substâncias. Era uma membrana
Com o passar do tempo, esses corpos começaram a se juntar, formando células. Cientistas estimam que isso aconteceu por volta de 3,6 bilhões de anos atrás.
Há 3,3 bilhões de anos atrás, essas células, somente unicelulares (com uma única célula), eram autótrofas, ou seja, não precisavam ir atrás de alimento, já que "produziam" o próprio alimento, talvez através da fotossíntese


Exemplo de organismo unicelular

Esse processo de fotossíntese começou a limpar a Terra. Imagine trilhões de bactérias absorvendo os gases nocivos da atmosfera e liberando oxigênio ao mesmo tempo.
Para se ter uma ideia, esses seres eram como bactérias. Mas esses seres unicelulares começaram a evoluir lentamente, e as condições a sua volta não ofereciam mais tanta liberdade para andarem sozinhas por aí. As células sentiam necessidade de se aglomerar. E assim surgiram os seres pluricelulares (compostos por mais de uma célula).
Esses corpos ainda viviam em grandes colônias na água. Porém a atmosfera lá fora estava ficando boa.
Há aproximadamente 600 milhões de anos atrás, as células começaram a formar corpos muito mais complexos. Extremamente complexos. Eram os seres vivos como podemos imaginar hoje em dia, como poríferos (esponjas do mar) e cnidários (águas-vivas), por exemplo. Os platelmintos, dizem os cientistas, foram os primeiros animais a possuir um cérebro definido, por volta de 550 milhões de anos atrás.


Platelmintos
Cnidários

E o tempo foi passando. Surgiram os artrópodes (como caranguejos e siris), os primeiros peixes e seres quase-anfíbios.
Por volta de 365 milhões de anos atrás surgiram novas espécies de peixes, que possuíam nadadeiras um pouco diferentes.
Próximo a 315 milhões de anos atrás, surgiu uma nova espécie, chamada Acanthostega, que era um tipo de anfíbio, com patas, pulmões e brânquias. Além de um rabo achatado próprio para natação. Ele é conhecido como o "elo" entre as espécies aquáticas e as primeiras terrestres.



Era uma nova forma de vida... surgem os animais terrestres!


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Capítulos anteriores:





Até a próxima postagem!

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