Grande parte do que será dito a seguir pertence a Teoria da Hipótese Nebular, criada pelo alemão Immanuel Kant, e aperfeiçoado pelo francês Pierre-Simon Leplace.
Segundo a teoria, há aproximadamente 4,57 bilhões de anos atrás uma grande nuvem cheia de átomos, poeira e gás se ajustou em certo ponto do universo e a gravidade começou a agir sobre ela. No centro, houve uma maior concentração da massa de átomos (hidrogênio, hélio e os novatos, oxigênio, carbono, neon e muitos outros), criando uma força luminosa. A gravidade achatou a nebulosa, jogando o resto dos seus átomos em torno do centro. Surgia o Sistema Solar. Mas, neste estado, é chamado de disco protoplanetário.
Representação artística do disco protoplanetário que deu origem ao Sistema Solar |
Porém os demais elementos queriam se juntar também. Eles formaram pequenos corpos, com um tamanho semelhante ao da nossa Lua, chamados de protoplanetas. Mas ainda havia muita movimentação. O Sol deixavam esses corpos maleáveis e eles se chocavam com outros. Imagine um jogo de sinuca. Essa fase de choque entre protoplanetas durou cerca de 100 milhões de anos. O resultado disso era a fusão dos corpos, criando os planetas maiores.
Mas a concentração de calor no centro do sistema só permitira que elementos com alto ponto de fusão (difíceis de passar do estado sólido para o líquido) se mantivessem. Então surgiram os planetas telúricos (ou planetas rochosos) que se mantém sólidos. Nesses planetas há carbono, ferro, níquel, e vários metais pesados e rochas. Esses planetas são Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Há também os meteoros e outros pedaços de minerais.
Mais longe do Sol formaram os planetas gasosos, constituídos de elementos que se mantém no estado gasoso, e poucos no estado sólido (como os anéis de alguns planetas, feitos de gelo). Esses planetas são Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
Essa teoria caminha para ser confirmada, graças aos avanços da tecnologia de exploração espacial. Veja esta foto tirada pelo telescópio Hubble, ela mostra um disco protoplanetário, na Nebulosa Órion e que pode indicar um novo sistema solar surgindo:
Voltando ao Sistema Solar.
Os planetas que ficaram longe do Sol se tornaram extremamente frios, e até onde sabemos não é possível haver vida como a nossa. Nós precisamos de água (a água por lá só estaria congelada), precisamos do calor do Sol (esse calor nem chega por lá), e precisamos das plantas para criar uma cadeia alimentar (sem luz do Sol, não há plantas). Só se forem formas de vida primitivas, ou alguma coisa facilmente adaptável.
E nos planetas mais próximos do Sol, é extremamente quente. A água iria evaporar, o calor iria nos torrar, e as plantas pegariam fogo. Ou seja, sem chance de vida.
Mas um certo planeta ficou no meio desses dois pontos. Lá a água consegue ficar líquida, o solo é fértil, há muitos minerais, seu próprio campo magnético... é um planeta perfeito para a vida.
É a Terra...
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Capítulos anteriores:
Numa próxima postagem paralela vou explicar como funciona o Sol e as demais estrelas.
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