sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Capítulo 35: A perseguição e expansão do Cristianismo

Tivemos no capítulo 33 a magnífica história de Jesus, e no capítulo 34 a expansão do império romano. Agora é a hora de juntar as duas histórias.

O Cristianismo já vinha crescendo desde as pregações de Jesus, e aumentou ainda mais após a morte deste. Os cristãos estavam se espalhando pela Europa e Oriente Médio. Porém a religião cristã era considerada uma ameaça, pelos grandes governadores. O resultado foi uma grande série de perseguições.



Talvez o maior perseguidor seja o imperador romano Nero. Cristãos eram acusados de conspiração contra o império romano, e executados. Uma forma comum era jogar os seguidores a feras, em espetáculos públicos assistidos por centenas de pessoas. Mas isso só era feito com estrangeiros. Cidadãos romanos eram decapitados em praça pública, o que também não deixava de ser um show a população.
Em 64 d.C., Nero mandou botar fogo em Roma, só para depois culpar os cristãos.



Quem se lembra dos Apóstolos de Jesus? Eles foram os maiores disseminadores da religião, mas também foram os mais caçados. No Circo de Nero, Pedro foi condenado a crucificação, mas pediu para que sua cruz ficasse de cabeça para baixo, pois não se sentia digno de morrer como seu mestre. Alguns outros também foram perseguidos por Roma, mas outros foram perseguidos pelo mundo. Judas Tadeu e Simão Zelote foram mortos a machadadas por persas, seguidores do zoroastrismo. André foi crucificado em uma cruz com formato de "X". Todos esses foram considerados mártires e símbolos da força cristã, ao preferirem morrer a negar seu Deus.



Uma lenda conhecida é a de Dirce, que foi arrastada por um touro até a morte e imortalizada na pintura "O Martírio de Dirce", de Henryk Siemieradzki.


Considerado o maior responsável pela disseminação do Cristianismo, Paulo de Tarso era chamado de Saulo quando perseguia cristãos. Ele viajava por Jerusalém capturando cristãos para levá-los à Roma. Porém, certa vez na estrada, ele teve uma visão de Jesus, envolto de muita luz. Saulo ficou cego, porém recuperou sua visão mais tarde. Após isso passou a pregar a religião que tanto perseguiu. Para isso mudou seu nome para Paulo.



Paulo, cidadão romano, tinha direito de andar por todas as províncias que quisesse. E usou isso para espalhar a religião, ganhando seguidores por todos os lados. Ele enviava cartas para diversos povos, as chamadas epístolas paulinas, que também estão anexadas na Bíblia. Também foi morto durante o governo de Nero. Como era cidadão romano, foi decapitado.


"Decapitação de São Paulo", de Enrique Simonet (1887)
Outros imperadores romanos continuaram a perseguição depois de Nero, como era o caso de Trajano e Décio. Diocleciano ordenou perseguições sanguinárias, após criar éditos que tornavam proibidos as práticas cristãs. Ele também ordenou saques a igrejas e roubava todos os bens dos devotos.


Cristãos usados como tochas, obra de Henryk Siemiradski (1876)

Em 313, o imperador Constantino cria o Édito de Milão, onde legaliza o culto cristão em Roma e nas províncias do império. A partir daí o Cristianismo deixa de ser perseguido, e se expande ainda mais.
Mas somente em 391, o imperador Teodósio torna o cristianismo a religião oficial do Império Romano, e torna o paganismo proibido. Era o fim das perseguições.


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No próximo capítulo veremos como Roma começou a entrar em colapso novamente, dando fim total ao império.

Até a próxima postagem!

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