segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Capítulo 46: As Reformas Religiosas

A Igreja Católica ainda cometia alguns abusos no século XVI. Mas agora as pessoas tinham uma visão diferente do mundo, graças aos ideais do Renascimento.
Agora, com a decadência de fiéis, a Igreja começava a cobrar impostos mais altos. Além do mais, membros do clero desrespeitavam muitas leis da Igreja. Era a época em que grandes construções católicas eram erguidas, como a Basílica de São Pedro. Para isso era necessário muito dinheiro. A venda das indulgência era uma forma de arrecadar. Seria um preço para que os pecados fossem absolvidos.

Além do mais, a Igreja tentava lucrar demais e isso enfurecia a burguesia. Os burgueses estavam instaurando o capitalismo, um sistema que valoriza muito o capital.

Até que o monge alemão Martinho Lutero resolveu rebelar-se contra os dogmas da Igreja. Ele foi até a Igreja de Wittenberg e fixou na porta um papel com 95 teses da nova doutrina que criara, o Luteranismo.
Lutero condenou a venda de indulgência, a simonia (venda de objetos que são considerados sagrados) e o nicolaísmo (quebra do celibato). Sua nova religião tinha dois ideais básicos: a justificação pela fé, onde a pessoa não precisa livrar-se de seus bens ou ter uma "vida santa" para ser salvo", e sim apenas ter fé em Deus; e a Ideia do Livre-Exame, onde cada pessoa poderia ler e interpretar a Bíblia da forma que quisesse, agora que a impressão de Gutenberg permitia que cada um tivesse sua própria Bíblia.



Na França, o monge João Calvino teve contato com as ideias de Lutero e criou o Calvinismo. Nessa doutrina o principal ideal era o da predestinação divina, em que cada pessoa era predestinada ou não a salvação, independente de sua vida na Terra. Calvino foi perseguido, mas sua religião se expandiu. Na Escócia, John Knox conseguiu espalhar tanto o Calvinismo que ele foi adotado como religião oficial, e o Catolicismo foi proibido. Mas na Escócia o nome da religião era Presbiterianismo, porém com tudo igual.




Na Inglaterra, quase no mesmo período, quem reinava era o católico Henrique VIII. Em 1527, Henrique VIII estava preocupado porque não tinha nenhum herdeiro homem, por mais que tentasse. Então ele pediu ao papa Clemente VII para poder se separar de sua esposa, Catarina de Aragão, para evitar que seu relacionamento com outra fosse considerado adultério. O papa recusou, já que o divórcio era algo proibido na época. Além do mais, o pai de Catarina de Aragão, que era rei da Espanha, estava ajudando a Igreja ao caçar os luteranos.



Então, em 1534,  Henrique VIII criou o Ato de Supremacia, onde fundava o Anglicanismo e o tornava religião oficial da Inglaterra. O Anglicanismo detinha todos os dogmas da Igreja Católica, porém permitia o divórcio.
Como resposta a tudo isso, em 1545 a Igreja Católica convocou o Concílio de Trento, onde foi aprovada a Contrarreforma Católica. Foram definidos novos conceitos da igreja: a proibição da venda de indulgências, a criação de seminários para formar membros do Clero, a proibição do livre-exame da Bíblia, e o estabelecimento de tudo que o Papa ordenar é inquestionável. Também foi publicado o Index Lobrorum Prohibitorum, um guia de livros proibidos de serem lidos por católicos, como os livros de Galileu, Copérnico e Maquiavel. Houve ainda a volta da Inquisição, que agora perseguia os que seguiam outras religiões.



Era um caos no mundo religioso da época, porém contribuiu para o estabelecimento de alguns estados nacionais.


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Até a próxima postagem!

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