sábado, 21 de setembro de 2013

Capítulo 18: O Segundo Império da Babilônia

Como vimos nos capítulos anteriores, o Primeiro Império da Babilônia se dissolveu em 1513 a.C. e foi dominado por vários outros impérios. Agora, é a vez dos neobabilônicos, ou, Segundo Império da Babilônia.



O povo caldeu, que acredita-se ser oriundo da Arábia, causou grandes problemas aos assírios. Eles foram oprimidos no começo, mas logo se reergueram. 
O líder caldeu Nabopolassar firmou uma aliança com o rei dos Medos, Ciáxeres, casando seu filho Nabucodonosor II com a filha do rei medo, Amuhea. A união desses dois impérios criou uma força incrível.



Em 612 a.C. os caldeus e os medos dominaram a capital assíria Nínive. A partir daí foi fácil se apoderarem dos demais territórios, como a Síria e a Palestina. Com todas essas terras juntas, o império passou a ser chamado de Segundo Império da Babilônia.


Nabopolassar atacando a Assíria

Após sete anos, Nabopolassar morreu, deixando Nabucodonosor II no comando. Foi aí que a Babilônia se expandiu como nunca.



Ele foi o responsável pela tomada de Jerusalém. Os prisioneiros (judeus) foram levados ao grande cativeiro da Babilônia. Esse é um dos marcos principais na perseguição dos judeus.
Em 598 a.C., o rei de Judá Joaquim tentou recuperar sua cidade e os prisioneiros, e recebeu apoio do faraó egípcio Neco, mas foi derrotado.
E em 597 a.C. o filho de Joaquim, e seu sucessor, o rei Jeconias, tenta novamente realizar a missão que seu pai não conseguiu. Mas os babilônios de Nabucodonosor o arrasam novamente.
Em uma das invasões de Nabucodonosor a Jerusalém, ele incendiou o Templo de Jerusalém, o ponto principal de culto judeu.



Essa perseguição aos povos monoteístas, hebreus e judeus, duraria muito tempo. A religião dos babilônicos era repleta de deuses, e o principal deles era Marduk. Além dos deuses, várias outras entidades existiam e habitavam e Terra. Eram demônios, gênios, monstros e acreditavam que eles eram os causadores das doenças, má sorte e também de algumas coisas boas. Acreditavam muito em magia.


Marduk, o deus supremo babilônico

Tiamat, o deus dragão

Nabucodonosor foi responsável por engrandecer a Babilônia com construções tão magnificas que alguns historiadores consideram mito. Criou canais de irrigação que levavam água do rio Eufrates para toda a cidade.



Ele foi responsável pela construção dos Jardins Suspensos da Babilônia, eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Era uma grande construção de pedra, com terraços erguidos sobre pilastras que chegavam a quase 100 metros de altura. Esse terraços eram arborizados e muito belos, e eram regados com um complexo sistema de aquedutos, que chegavam ao topo por um moderno sistema de bombeamento.




Além disso, Nabucodonosor ergueu quase todas as construções da Babilônia. Um fato curioso é que nove décimos dos tijolos achados e que pertenciam a construções babilônicas, tinham o nome do rei. Ele é citado inclusive na Bíblia, após ter prendido o profeta Daniel em um dos seus cativeiros e o jogado em uma fornalha, assim como fazia com os prisioneiros. Segundo a Bíblia, quando Daniel saiu vivo da fornalha, protegido por Deus, Nabucodonosor passou a crer em um único deus, o Deus dos hebreus. Além de Daniel interpretar muitos de seus sonhos.


O rei disse a Daniel: "Não há dúvida de que o seu Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos reis e aquele que revela os mistérios, pois você conseguiu revelar esse mistério"
(Daniel 2:47)

Daniel interpreta o sonho profético da estátua de Nabucodonosor

Outra construção com fama de ser mística é a Torre de Babel. Na verdade, Nabucodonosor tentou reconstruir a torre descrita no livro Gênesis da Bíblia. Ele queria chegar aos céus para ficar frente a frente com Deus. Para isso ele começou a erguer uma torre de proporções nunca vistas antes. Mas ela nunca foi concluída e nenhum vestígio de sua existência foi encontrado.


Em 562 a.C. Nabucodonosor morreu, devido a uma doença mental que desenvolvera, cujos historiadores acreditam ser esquizofrenia ou licantropia clínica. Religiosos acreditam que foi uma punição de Deus a perseguição que ele fez aos fiéis. Após sua morte, todo o império se tornou frágil e instável.


"Nabucodonosor", de William Blake

Em 539 a.C. a Babilônia foi tomada pelos persas.



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Como vimos nessa postagem, os egípcios já existiam há algum tempo. Eu não os coloquei antes do Segundo Império Babilônico justamente para não "quebrar" a história dos capítulos anteriores.

Até a próxima postagem!

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