sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Capítulo 50: Escravos nas Colônias

Agora que os europeus estabeleceram colônias na América eles precisavam de mão-de-obra pra extrair os recursos que elas ofereciam.

No Brasil, os portugueses tentaram usar os índios para o trabalho. Porém não deu certo, eles não tinham tanta resistência. Então eles foram buscar em povos com pessoas mais fortes e vigorosas.
Os ingleses sentiram o mesmo problema na região onde hoje fica os Estados Unidos. E esse era um problema em todas as colônias. A solução foi ir buscar trabalhadores escravos na África.

O uso de escravos aumento significativamente no Brasil com a produção de açúcar. Os grandes senhores de engenhos de açúcar se tornaram grandes senhores de escravos. O trabalho no engenho para moer a cana e extrair o açúcar exigia muita força, e era um trabalho muito perigoso.



E os escravos já sofriam na vinda para a América. Eram caçados nas suas tribos, colocados no porão de navios uns sobre os outros. Mal podiam se mexer, faziam suas necessidades uns sobre os outros e tinham péssimas condições em relação a limpeza. Praticamente conviviam com outros animais dos navios, como os ratos.


Assim que chegavam ao continente eram vendidos aos senhores de engenho ou grandes fazendeiros. Eram avaliados pelo porte físico e saúde. O mais forte e mais saudável saía mais caro. Mulheres também eram escolhidas, geralmente para acompanharem as esposas dos senhores, cuidar de seus filhos ou cozinhas, sendo um trabalho que exige menos esforço.



A vida de um escravo era muito difícil. Eles dormiam nas senzalas, que era pequenas e precárias casas construídas na fazenda. Dormiam acorrentados para evitar fuga e recebiam pouca comida. Eram tratados como animais.

Toda essa desigualdade e maus-tratos geraram rebeldia entre alguns escravos. A forma mais comum de se rebelar era fugindo. Corriam para as matas e se escondiam, formando pequenas tribos, que ficaram conhecidas como quilombos. Alguns negros poderiam trabalhar para os senhores como capitães-do-mato, que utilizavam seu conhecimento na mata para caçar escravos fugitivos.

Escravos que eram pegos após fugirem ou realizavam alguma tarefa de forma errada eram amarrados em troncos e açoitados com chicote.



Porém algumas outras pessoas também eram contra essa forma de tratar os negros. Eram os chamados abolicionistas. Geralmente eram médicos, advogados ou comerciantes. Muitos deles costumavam pagar as cartas de alforria, o documento que dava liberdade aos escravos.

Nos Estados Unidos a escravidão foi tão combatida que acabou abolida em 1863 por Abraham Lincoln. No Brasil demorou um pouco mais. Foi em 1888 que a princesa Isabel, filha do Imperador Dom Pedro II, assinou a Lei Áurea, que libertava todos os escravos.


Com a maioria dos países se negando a receber escravos, essa forma de comércio humano decaiu.


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Até a próxima postagem!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Capítulo 49: A Descoberta do Brasil

Como brasileiro, farei questão de focar agora em questões históricas do Brasil.

Alguns contestam a história que se segue, afirmando que há outros europeus a chegarem ao Brasil primeiro. Mas vou continuar com a mais conhecida. E é bom lembrar que "descobrimento" é só a forma de chamar o fato das terras terem sido descobertas pelos europeus.

O português Vasco da Gama conseguiu chegar as Índias navegando, e isso foi um grande feito. Para reafirmar esse caminho, o rei Manuel I de Portugal resolveu enviar mais um navegador.

Formou-se então uma armada de 13 navios, sendo dez naus e três caravelas, e mais de mil homens. Alguns são nomes famosos na área dos descobrimentos navais: Bartolomeu Dias, Pero de Ataíde, Sancho de Tovar e Nuno Leitão de Cunha, cada um deles comandando um navio. Eles eram comandados pelo fidalgo Pedro Álvares Cabral. Particam em 9 de março de 1500.

Porém a armada não chegou onde deveria. Eles acabaram chegando na América, mais especificamente onde chamamos de América do Sul. No dia 22 de abril de 1500, avistaram ao longe um monte. Como estavam no período da Páscoa, o lugar ganhou o nome de Monte Pascoal. Chegaram a terra firme no mesmo dia.



Mas o território não estava desabitado. Muitos índios surgiram para ver os visitantes, e não foram agressivos. Eles andavam nus, pintavam os rostos e carregavam armas primitivas, como arcos e flechas.

A maior parte dos relatos da viagem foram feitos pelo escrivão Pero Vaz de Caminha, que escreveu uma carta ao rei Manuel contando tudo que vira.




Segundo conta, Cabral pediu para o cacique (chefe indígena) subir ao navio. Ele então reconheceu os objetos de ouro e prata do navio, e os portugueses entenderam que deveria haver muito desses metais onde chegaram.
Os índios ficaram surpresos com a cultura dos portugueses, e vice-versa. Os portugueses ofereceram bebidas álcoolicas aos índios, que acabavam por vomitar. Do mesmo jeito os índios mostravam frutas que os portugueses desconheciam.
Outra coisa que não conheciam eram os animais da região. Os índios também não conheceram os animais que os portugueses traziam, a não ser um ou outro, como o papagaio de Cabral.



No dia 26 de Abril, o frei Henrique de Coimbra rezou uma missa em terra, onde haviam erguido uma cruz. Batizaram então a terra de "Ilha de Vera Cruz", pois ainda acreditavam se tratar de uma ilha e não um continente inteiro.



A partir daí começou uma intensa tentativa de cristianizar os índios. Os portugueses também adentraram as matas em busca de especiarias. E encontraram muitas, muitas mesmo! A principal delas era o pau-brasil, uma árvore que liberava uma tinta vermelha, que seria usada como corante. Essa árvore nomearia o território mais tarde.

Em 2 de maio de 1500 Cabral resolveu seguir para as Índias, enquanto Gaspar de Lemos voltou a Portugal para entregar a carta de Pero Vaz de Caminha.


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Até a próxima postagem!
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