sábado, 21 de dezembro de 2013

Capítulo 47: A Era das Grandes Navegações

Por volta do século XVI a Europa foi ficando com os seus reinos cada vez mais definidos. As monarquias se fortaleciam, assim como a burguesia. Mas o comércio estava ficando abalado.
A Constantinopla, que formava um ponto principal na rota Ocidente-Oriente. Então era necessário arranjar novas rotas. A solução era ir pelo oceano. Muitos povos já usavam o oceano para o comércio. Os vikings são um exemplo.

A chamada Rota da Seda foi cortada. Ela era o principal caminho de ligação entre a Índia e a China com a Europa. Pela Rota da Seda os comerciantes traziam as iguarias do Oriente, como a própria seda (apreciada e usada somente por reis), temperos, incensos e muitas outras mercadorias. Destaca-se inclusive Marco Polo, talvez um dos maiores mercadores da história, que realizou grandes caravanas de viagens através da Rota da Seda. Porém ela cortava Constantinopla, que agora era dos turcos muçulmanos, que proibiam qualquer ação dos católicos europeus.




Voltando um pouco, no século VIII a Península Ibérica estava tomada por muçulmanos, que eram chamados de mouros. Alguns poucos reinos católicos se formavam por lá, como Leão, Castela, Navarra e Aragão. Os reinos de Castela e Navarra se unem para expulsarem os mouros e retomarem o território. Liderados por Afonso VI, a guerra de Reconquista tem início. Afonso VI teve a ajuda do francês Henrique de Borgonha.
Como agradecimento pela ajuda, Afonso deu a Henrique um território, que foi chamado Condado Portucalense. A partir daí esse território foi evoluindo, até se tornar o Reino de Portugal. Só para constar, os quatro reinos que citei no começo se unem e formam a Espanha.


Avançando alguns anos, voltamos ao século XVI. Portugal foi o primeiro a avançar com vontade sobre as águas do Oceano Atlântico. Um fator importante para esse pioneirismo português foi a criação da Escola de Sagres pelo Infante Dom Henrique, que reunia grandes astrônomos, navegadores, cartógrafos e estudiosos. 



Muitas inovações técnicas ocorreram, como a invenção da caravela, um tipo de barco com velas que velejava com grande velocidade e era fácil de ser manipulado. Alguns instrumentos foram aperfeiçoados, como o astrolábio e a bússola.



Mas Portugal não foi o único. Logo depois a Espanha também investiu na navegação. Alguns reinos, como Inglaterra, Holanda e França não tiveram tanto êxito no começo, recorrendo à pirataria.

Porém navegar era algo misterioso para a época. Havia muitas crenças sobre monstros marinhos, sereias que atraíam os marinheiros para o fundo do oceano, além de tempestades gigantescas que afundavam qualquer navio. E havia ainda a crença de que a Terra era plana, e quando o navio chegasse a beira de Terra ele cairia em um abismo infinito. Veja exemplos de mapas da época:



Porém o genovês Cristóvão Colombo realizou diversos estudos para provar que a Terra era redonda. Para provar ele conseguiu apoio da Espanha e se lançou ao oceano, com o objetivo de chegar à Índia. Mas, em 12 de outubro de 1492, ele acabou chegando em outro lugar, um território desconhecido até então: a América. Pensaram se tratar de uma ilha, mas não tinham ideia de que tinham chegado a um continente.



O português Vasco da Gama foi o primeiro a conseguir chegar a Ásia contornando a África em 1498. 



Bartolomeu Dias, também português, quase conseguiu, chegando até o Cabo da Boa-Esperança, na África, antes de Vasco da Gama.




Inspirado, Fernão de Magalhães foi o primeiro a conseguir dar uma volta ao mundo navegando, provando que a Terra era sim redonda. Ele chegou ao fim da jornada, que durou de 1519 até 1522, com um único navio, o Victoria.



Agora que a maior parte dos medos foi combatida, muitos navios partiam da Europa. Agora o objetivo principal não era só a Ásia, e sim o novo continente, que foi nomeado em homenagem ao explorador Américo Vespúcio.



Porém o território já estava ocupado...


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Até a próxima postagem!

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