sábado, 19 de outubro de 2013

Capítulo 34: O Maior Império do Mundo

Já acompanhamos dois períodos da história romana, e começamos o terceiro.

Após a morte do primeiro imperador, Otávio Augusto, no ano 14, quem assumiu foi seu enteado Tibério. Historiadores antigos se preocuparam em descrevê-lo bem, graças a isso sabemos de pequenos fatos sobre Tibério, como ele ter heterocromia (olhos de diferentes cores) e ser míope.



Alguns soldados romanos, como as legiões que estavam no Reno, gostariam de ter seu chefe Germânico como imperador. Germânico era sobrinho de Tibério. Houve uma pequena rebelião, mas o próprio Germâncio as conteve.
Porém, no ano 19, Germânico morre misteriosamente e Tibério é o maior suspeito. Tibério viveu por muito tempo com medo de conspirações, e acabou morrendo em 37.
Tibério havia escolhido seus sucessores como Calígula e Gemelo. Mas Calígula matou seu primo Gemelo e se tornou o único herdeiro. Era filho do próprio Germânico, e acompanhava o pai em suas expedições militares quando era criança. Costumava vertir-se como soldado, e usava pequenas pequenas botas. Os soldados davam risadas disso e o apelidaram de Calígula, que significa "botinhas", já que seu nome verdadeiro é Caio Júlio César Augusto Germânico.



O governo de Calígula foi controverso. Ele ordenou a criação de muitas construções, como os aquedutos Aqua Claudia e Anio Novus, o Templo de Augusto e o Teatro de Pompeu. Por outro lado, Calígula era um louco cruel. Ele costumava aparecer ao público vestido como um deus, e ergueu três templos dedicados a si mesmo. Gostava de matar por diversão e mantinha relações incestuosas com as três irmãs. Certa vez ele elegeu seu cavalo, Incitatus, cônsul e sacerdote de Roma.



Muitos o queriam morto, inclusive o Senado. No ano 41, Calígula foi assassinado pela guarda pretoriana (soldados que protegem o imperador).

Depois dele, veio o imperador Claúdio. E em 68, assumiu o imperador Nero, o último da Dinastia Júlio-Claudiana. Nero é comparado a Calígula pelo seu método de governar e crueldade. Para consolidar seu poder ele mandou matar sua mãe e seu meio-irmão. O que Nero mais odiava era a nova religião que ascendia, o Cristianismo. Certa vez ele mandou incendiar Roma, só para culpar os cristãos. Foi responsável por inúmeras perseguições aos cristãos. Construiu o Palácio de Nero, só para si mesmo.



Nero conseguiu segurar muitas rebeliões, como a dos britânicos em 60, liderados pela lendária rainha celta Boadiceia. Porém acabou se suicidando com medo de ser morto pelos opositores.



Outras dinastias que vieram depois foram a Flaviana, a Antonina e a Severa, além de outros imperadores. Tudo isso é longo demais para eu colocar aqui, talvez numa postagem à parte. Só vou destacar os grandes feitos.

Em 70, o imperador Tito continuou as perseguições aos cristãos e judeus, e destruiu o Templo de Jerusalém. Ainda no governo de Tito houve o grande desastre do vulcão Vesúvio, que entrou em erupção em 79, nas cidades de Pompeia e Herculano.



Foi no governo de Trajano que Roma atingiu seu ápice, em questão de território, após dominarem definitivamente a Britânia, Mesopotâmia, Egito e praticamente toda a Europa.


As construções romanas eram incríveis. Como o território era extenso, era necessário levar água a todas as cidades. Para isso foram construídos aquedutos de pedra. A arte tornou-se muito importante, principalmente o teatro, e foram construídos vários anfiteatros.
As estradas eram pavimentadas com pedras perfeitamente cordas e polidas, que acumuladas somam milhares de quilômetros. Além das estradas, construíram muitas pontes.




No ano de 68, o imperador Vespasiano, o primeiro da Dinastia Flaviana, demoliu o Palácio de Nero e mandou construir uma imensa arena, o Coliseu de Roma. Ele tentava conter a população para evitar rebeliões. Era a chamada Política Pão e Circo.
As pessoas vinham de vários lugares das províncias romanas até o Coliseu, para recebem comida e assistirem execuções, espetáculos de entretenimento ou as tão adoradas batalhas de gladiadores. Esses gladiadores eram escravos coletados nas guerras de expansão romana, que eram obrigados a lutar entre si em um combate mortal, até que apenas um sobre de pé. Além de lutarem entre si, os gladiadores enfrentavam animais selvagens, como leões, tigres e ursos. Quem decidia a morte ou salvação de um gladiador não era a piedade do adversário, e sim a plateia.



Execuções comuns na época eram as dos cristãos, feitas nas próprias arenas.

A mineração de ferro atingia mais de 80 mil toneladas por ano. Com os metais eram feitas armas, ferramentas e moedas.

E assim era o maior império da Antiguidade, e talvez do mundo inteiro.


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No próximo capítulo veremos como o cristianismo se expandiu tanto até atingir Roma inteira, e se tornar religião oficial.

Até a próxima postagem!

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