domingo, 6 de outubro de 2013

Capítulo 29: A República Romana e as Guerras Púnicas

No capítulo passado vimos a Monarquia Romana. Agora, vamos continuar a história desse povo magnífico.

Em 509 a.C. o rei Tarquínio, o Soberbo, foi deposto pelo senado. Deu-se início a República Romana.

Essa época foi marcada por uma forte divisão social. Na base vinham os escravos, e subindo temos os plebeus (artesões e comerciantes), os clientes (servos dos patrícios) e os patrícios (donos de terras).



Porém, mesmo com essas diferenças, a república romana foi responsável por expandir o território. Conseguiram dominar toda a Península Itálica e dominaram o Mar Mediterrâneo. Mas o Cártago não gostou desta expansão, e Roma entrou em guerra. As guerras entre Roma e Cártago são chamadas de Guerras Púnicas.

A Primeira Guerra Púnica começou em 264 a.C.. As forças romanas foram atacadas por Siracusa, mas venceram. Os soldados de Siracusa, derrotados, se aliaram aos romanos, e os dois foram para enfrentar o Cártago. Os romanos cercaram a cidade Agrigento, onde estavam as tropas cartaginenses do comandante Aníbal Grisco. Deu início então a Batalha de Agrigento, que terminou com a fuga de Grisco.



Então os cartaginenses resolveram se aproveitar do fato dos romanos não possuírem uma marinha. Passaram a atacar as cidades costeiras romanas. Como Roma tinha cidades gregas sobre comando, começaram a construir barcos para uma batalha naval. Na Batalha de Lipari, os romanos foram derrotados, já que eram novatos em navegação.



Um novo cônsul assumiu o poder, Gaius Duilius. Ele instaurou um método chamado corvus, que consistia em uma ponte levada a bordo nos navios romanos. Estas pontes eram abaixadas e chegavam aos navios inimigos, assim poderiam invadir.



Os romanos voltavam a usar a infantaria, que era melhor que seus arqueiros. Assim, na Batalha de Mylae, em 260 a.C., os romanos vencem. Mais duas batalhas ocorreram, Sulci e Tyndaris, ambas com vitória romana.



Agora os romanos tinham cerca de 330 barcos, e usaram essa frota para atacar o Cártago. Os romanos eram liderados pelos cônsules Marcus Atilius Regulus e Lucius Manlio Vulso e os cartaginenses por Amílcar e Hanno.
A Batalha do Cabo Ecnomo é considerada a maior batalha naval da História. E terminou com vitória romana.
Sem muitas escolhas o Cártago começa a contratar outros povos para realizar a defesa. O general espartano Xantipo foi convocado e conseguiu vencer uma breve tropa romana, na Batalha de Túnis, em 255 a.C.
Em 10 de Março de 241 a.C. os romanos vencem a Batalha das Ilhas Aegates, obrigando o Cártago a se render.

Porém, em 218 a.C. o Cártago reagiu de novo, assim que Aníbal Barca (não confundir com Aníbal Grisco) assumiu o trono. Deu início a Segunda Guerra Púnica. Aníbal mostrou-se um gênio estrategista de batalha. Ele recolocou no exército cartaginês os elefantes de guerra, muito usados por persas e pelas tropas de Alexandre, o Grande.



A primeira batalha foi a de Ticino. Anível venceu o general romano Cipião Africano. E Aníbal vence mais duas batalhas (Trébia e Trasimeno), contra os generais romanos (respectivamente) Tibério Longo e Caio Flamínio.
Logo depois veio a Batalha de Canas. Dois cônsules romanos, Lúcio Emílio Paulo e Caio Terêncio Varrão, reuniram o maior exército de Roma. Mas Aníbal mostrou sua inteligência, montando uma estratégia que fez seu exército, mesmo em menor número, vencer os romanos.



Mais batalhas ocorreram. O irmão de Aníbal, Asdrúbal, também mostrou ser um excelente general e comandou grandes batalhas. Na Batalha de Bécula (208 a.C.)cenfrentou Cipião Africano. Mas na Batalha de Metaurus (207 a.C.) foi morto em combate.
Até que em 202 a.C. Cipião Africano derrota Aníbal na grandiosa Batalha de Zama e a Segunda Guerra Púnica tem fim.



A paz estava selada entre os dois povos, mas Roma ainda estava desconfiada. O Cártago estava prosperando de novo e quem garantia que não poderiam começar uma guerra de novo? Porém Roma ainda tinha um tratado de paz, que o impedia de atacar. Foi então que tiveram uma ideia para afundar o Cártago, usando o tratado a seu favor. Parte deste tratado dizia que o Cártago só poderia guerrear sob autorização romana. Então Roma enviou secretamente seus aliados Numidas, da África, até o Cártago.



Os cartaginenses ficaram por três anos pedindo aos romanos a autorização para se defenderem. Mas os romanos negavam. Sem escolhas, os cartaginenses guerrearem com os numidas para evitar a própria destruição. Roma tomou essa desobediência como motivo para atacarem o Cártago.
Foi a Terceira Guerra Púnica. Dessa vez, em 149 a.C. os romanos foram até o Cártago e cercaram toda a cidade. O cerco durou três anos. Até que em 146 a.C. após intenso assédio romano, o Cártago caiu.

Após o fim das Guerras Púnicas, Roma ainda sofria. As constantes guerras terminavam com um intenso número de escravos para os romanos. Além do mais, as famílias dos soldados mortos acabavam perdendo amparo financeiro, e acabavam ficando endividadas, virando escravas. Tudo isso aumentava a população pobre em Roma.

Esse fator, junto a alguns outros, levou à Crise da República Romana. Mas esse é assunto pro próximo capítulo!


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Até a próxima postagem!

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