quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Capítulo 25: As Guerras Médicas

A expansão territorial era o maior objetivo dos persas, desde seu primeiro imperador Ciro, o Grande.

Durante o governo do imperador persa Dario I a Pérsia encontrou um inimigo a altura: a Grécia.

Os persas tinham a vantagem do exército. Como o império persa se espalhou pelo mundo seu exército era composto por pessoas de vários territórios.
O exército grego era bem organizado, porém em menor número. Tentavam compensar essa desvantagem com estratégia.


A Primeira Guerra Médica aconteceu em 490 a.C. Quando os persas conseguiram dominar quase todas as cidades-Estado gregas, somente Atenas e Esparta resolveram confrontá-los. Como resultado, em setembro do mesmo ano, houve a Batalha de Maratona.
O exército persa, com cerca de 50 mil soldados, desembarcou em Maratona, na Grécia. Os atenienses montaram sua defesa, liderados por Milcíades. O soldado Fidípides foi enviado a Esparta para pedir ajuda. Ele correu 200 km em um único dia, para receber uma mensagem desconfortante dos espartanos. Acontece que Esparta estava em um período religioso, e não poderiam entrar em confronto até que acabasse. Mas prometeram enviar tropas em seis dias.
Milcíades sabia que não poderia esperar tanto, então foi a guerra. Contava com cerca de 10 mil soldados atenienses.
Mesmo em menor número os atenienses se fecharam as flechas inimigas. Então os persas tentaram o ataque corpo a corpo. Mas os atenienses tinham uma arma poderosa: a pique, uma lança longa que era colocada na frente dos soldados, formando uma barreira impenetrável junto com os escudos. Mesmo com esse número inferior de soldados, os defensores conseguiram empurrar os persas de volta a costa, onde eles fugiram em seus barcos. A vitória era grega!



Fidípides foi enviado para avisar sobre a vitória a Atenas, e alertar sobre uma possível vingança. Fidípides correu 42 km sem parar, e quando chegou em Atenas disse "Vencemos" e caiu morto pelo cansaço. Daí a origem das provas de corrida e resistência, chamadas de "maratona".



Milcíades tentou tomar de volta as cidades gregas, e usou muita violência e saqueou tudo que via pela frente. Por suas atitudes ele foi deposto e substituído por Temístocles na liderança de Atenas. Após isso, em 481 a.C.  Atenas e Esparta se aliaram sob suspeita de um ataque persa.

A derrota não acalmou os persas, mas os deixou mais furiosos. Dez anos mais tarde, em 480 a.C., o filho de Dario, Xerxes, resolveu se vingar. Foi aí que começou a Segunda Guerra Médica. Xerxes enviou vários mensageiros as cidades gregas, pedindo "terra e água". Era um pedido de rendição. Quem entrega-se terra e água ficaria livre do ataque persa. Novamente, as cidades que resistiram foram Atenas e Esparta.



Então Xerxes enviou suas tropas, com quase 70 mil soldados, entre eles arqueiros, cavaleiros e infantaria.
O rei espartano Leônidas levou seu exército, composto por apenas 300 soldados, para um desfiladeiro chamado Termópilas. Ali aconteceu a chamada Batalha de Termópilas.
O desfiladeiro, composto por dois paredões de rocha, deixavam um caminho estreito. Nesse caminho Leônidas colocou seu exército. Era um movimento sábio. Dessa forma a vantagem numérica dos persas não tinha efeito, já que sempre teriam que se dividir em pequenos grupos que cabecem no espaço entre as paredes para enfrentar os espartanos.
Xerxes esperou cinco dias, na tentativa de que Leônidas desistisse e cedesse a fome e cansaço. Mas Leônidas e seu exército permaneceu de pé, em guarda e prontos para a batalha nesses cinco dias. Então Xerxes atacou.



Depois de dois dias, os persas não haviam conseguido nada, e recuaram. Porém o grego Efialter traiu Leônidas, na esperança de enriquecer com uma recompensa. Ele entregou aos persas um caminho secreto, atravessando um bosque, que contornaria os paredões e dava na retaguarda dos gregos. Xerxes moveu seu exército e enfim conseguiram uma guerra em campo aberto. Como era de se esperar, os 300 soldados e Leônidas foram massacrados, mas conseguiram matar grande parte do exército persa.



E os persas arrasaram várias cidades gregas após o confronto. Porém Temístocles não desistiu e concentrou 200 embarcações em Salamina. Os barcos persas chegaram e houve um violento combate, que terminou com vitória grega. Esse confronto foi chamado de Batalha de Salamina.



Os gregos se uniram mais ainda após a Confederação de Delos e formaram seu maior exército, que mesmo sendo grande ainda era muito inferior ao exército persa. Porém foram novamente a guerra. Em 479 a.C. na Batalha de Mícale os gregos exterminaram as forças persas comandadas por Tigranes, que estavam no Mar Mediterrâneo e na Ilha de Samos. Os líderes gregos eram Leotíquides (por Esparta) e Xantipo (por Atenas).
No mesmo ano houve a Batalha de Plateias. O grande exército grego se concentrou frente-a-frente ao exército persa. Ficaram se encarando por cerca de 12 dias. Era uma estratégia grega, para dar tempo aos habitantes evacuarem as cidades caso o exército não aguentasse e os persas passassem por eles.



O general persa Mardônio estava no comando do exército persa, já que Xerxes havia fugido de volta para casa após a derrota em Salamina. Quando os gregos fingiram recuar, os persas avançaram por um vale, tentando atravessar um rio. E foram surpreendidos, já que os gregos se voltaram para a batalha e mais soldados surgiram. Os persas foram derrotados definitivamente. Mardônio foi morto com uma pedrada na cabeça do soldado Aimnesto, depois sua cabeça foi cortada e empalada, do mesmo modo que os persas fizeram com Leônidas.



Praticamente todos esses relatos foram feitos pelo escrito Heródoto, que se empenhou em detalhar muito bem as Guerras Médicas.




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Os persas não foram derrotados completamente, só desistiram de atacar a Grécia. No próximo capítulo veremos quem foi o grande imperador que conseguiu vencer os dois participantes dessa guerra e "dominar o mundo"!

Até a próxima postagem!

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