sábado, 28 de setembro de 2013

Capítulo 22: Médio Império e Novo Império do Egito

Após o fim do Antigo Império no Egito, houve um período improdutivo, dominado por guerras entre os nomarcas e o faraó. Os nomarcas queriam mais autonomia, sem dever nada ao faraó. E isso gerava os conflitos. Esse tempo foi chamado Primeiro Período Intermediário.



No ano 2000 a.C. (data incerta), o novo faraó Amenhemet I assumiu o trono. Ele inaugurou a XII Dinastia e conseguiu controlar as revoltas, construiu fortalezas para evitar ataques inimigos e limitou o poder dos nomarcas. A revolta dos nomarcas finalmente foi controlada.


Amenhemet I

Por volta de 1878 a.C. assumiu um faraó chamado Senusret III, que tentou realizar uma grande expansão do Egito. Assumiram controle de muitas minas e oásis pela África, e chegaram até partes da Síria.

Então veio o faraó Amenemhat III, cujo reinado durou 45 anos. Ele buscou construir perto dos grandes oásis, como Fayum e Hawara.
Durante o governo das XII e XIII dinastias, o Egito prosperou muito. Grandes construções datam da época do Médio Império.

Porém com o enriquecimento do Egito ao explorar minas de ouro e cobre, além dos oásis, vários nobres ficaram mais ricos. Isso causava uma diferença social muito grande, que gerou novas revoltas. Essas revoltas causaram um novo enfraquecimento, que tornou o Egito frágil a invasões. E foi isso que aconteceu. O povo hicso entrou com tudo e tomou o controle. Esse período foi chamado Segundo Período Intermediário.



Foi quando Amósis, primeiro faraó da XVIII dinastia, por volta de 1580 a.C. conseguiu expulsar os hicsos e restabelecer o poder. Seu filho Amenófis deu continuidade a expansão egípcia, até a Palestina. E assim começa o Novo Império.

O Novo Império ficou marcado como o período de expansão do Egito, que tomou quase todo o Sudão, chegou a Palestina e Síria e parte da Mesopotâmia. A região conhecida como Vale dos Reis ganhou grande importância e tornou um tipo de necrópole, onde são encontradas diversas tumbas.



Foi então que o faraó Amenófis IV, temendo novas revoltas como as anteriores, se preocupou em fixar o poder somente em si mesmo. Para isso precisava tirar o poder religioso dos sacerdotes. Então ele proibiu o politeísmo, e impôs o culto somente ao deus Aton. Inclusive mudou seu próprio nome para Aquenáton (que significa "Espírito atuante de Aton").
Mas seu filho, Tutâncamon, não gostou da história e quando assumiu o poder fez tudo voltar ao normal. Tutâncamon talvez seja o faraó egípcio mais conhecido na atualidade, principalmente por ter reinado quando ainda era jovem, por isso é conhecido como "O Faraó Menino". Por ter morrido muito cedo, com apenas 19 anos, sua tumba não estava pronta ainda. Quando ela foi encontrada em 1922, houve um espanto geral por verem uma tumba tão simples para um faraó.


Busto de Amenófis IV (Aquenáton)

Máscara mortuária de Tutâncamon

Em 1292 a.C. chegou ao poder Ramsés II, dando origem a uma linhagem de faraós com o nome "Ramsés". Foi nesse período que os povos vizinhos começaram a cobiçar as terras e poder do Egito. O império foi dividido novamente em 1100 a.C. e depois invadido por vários povos, como os assírios. Em 525 a.C. tem fim o Novo Império com a perda da autonomia egípcia. 

Daí para frente o Egito não conseguiu mais se erguer sozinho.


_ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Ainda tem um pouquinho da história do Egito, mas ela vai ser revelada mais tarde.

Até a próxima postagem!

A Mumificação no Egito Antigo

Os antigos egípcios tinham uma forte crença na vida após a morte. Para garantir a vida após a morte era um costume mumificar os mortos.


O processo de mumificação é quase como a característica principal quando se fala em Egito. É considerado um grande avanço o que os egípcios faziam, já que conseguiram preservar corpos até os dias atuais.


Era trabalhoso realizar uma mumificação. Primeiro removia-se o cérebro, enfiando um tipo de gancho fino pelo nariz do defunto. Depois é feita uma incisão na lateral do corpo e todos os órgão são tirados. A única exceção é o coração. Depois o corpo era colocado de forma que os líquidos do corpo saíam pela incisão.


Enquanto isso os órgãos eram colocados nos vasos canópicos: pequenos recipientes de barro e alabastro, com tampas enfeitadas com cabeças entalhadas em madeira (cabeça humana, de chacal, babuíno e falcão, comumente). No vaso com cabeça humana era colocado o fígado. No de chacal era colocado o estômago. No de babuíno eram colocados os pulmões. E no de falcão os intestinos. Para eles era importante manter os órgãos inteiros para que o defunto pudesse ter uma boa vida no outro mundo.


Depois o corpo era enterrado em natrão, um tipo de sal, que ressecava o corpo para remover todos os líquidos. Não era a intenção deles, mas estudos indicam que esse tratamento matava as bactérias responsáveis pela decomposição. O corpo ficava enterrado por 72 dias e era retirado seco e escuro.


Então o corpo era enchido com serragem, perfumes e resinas pela mesma incisão, que depois era costurada e coberta por uma placa com o Olho de Hórus.


Após tudo isso o corpo começava a ser enrolado com faixas feitas de linho, e coladas com goma arábica. Entre as faixas eram colocados amuletos.


Todo esse trabalho era feito por sacerdotes, que realizavam vários cultos aos deuses ao mesmo tempo. Inclusive pinturas da época indicam que os sacerdotes usavam máscaras.



O corpo era colocado em vários sarcófagos, que era colocados um dentro do outro. Alguns desses sarcófagos eram cobertos de ouro e tinham uma máscara mortuária, com o rosto do morto feito com ouro e jóias. Todos os tesouros do faraó eram enterrados com eles em sua câmara mortuária, dentro de uma pirâmide.


Muitas vezes os animais de estimação do faraó, principalmente gatos e cachorros, eram mumificados e enterrados juntos com seu dono.

Gatos mumificados (créditos ao Wikimedia Commons pela imagem)

Como todo esse processo era extremamente caro, somente faraós e alguns poucos sacerdotes eram mumificados dessa forma. Pessoas mais pobres podiam pagar para serem mumificados, mas o processo era rápido. Consistia em simplesmente injetar um tipo de vinho no ânus do morto para secar seus órgãos e salgá-lo até que resseque completamente. Depois era enfaixado.

As pirâmides serviam justamente como uma passagem para o mundo dos mortos. Assim que um faraó assumia o poder sua pirâmide e câmara mortuária eram construídas.
O faraó Tutâncamon morreu com 19 anos, e reinou por quase 10. Por isso sua câmara ficou muito simples quando ele foi enterrado. Quando ela foi encontrada, estava intacta. Sua aparência simplória talvez não chamasse atenção dos ladrões.
Sim, ladrões. Eles eram comuns. Adentravam as pirâmides para roubar o tesouro dos faraós. E, por sinal, o tesouro de Tutâncamon era muito grande e estava inteiro na tumba.


Por isso muitas pirâmides possuíam armadilhas, ou eram construídas de dentro para fora, de forma que nada que estivesse de fora pudesse entrar. Havia também a crença em maldições sobre quem violasse as tumbas.
A mais famosa também está relacionada com Tutâncamon. Em 1922 o arqueólogo inglês Howard Carter junto com quem estava lhe patrocinando, Lord Carnarvon, encontraram a tumba de Tutâncamon. Em 16 de Fevereiro de 1923 a câmara mortuária foi aberta. 


Foi o início da chamada "Maldição do Faraó". Carnarvon morreu em 23 de Abril de 1923, após uma infecção grave causada por picadas de mosquito no Egito. Na mesma hora houve um apagão no Cairo, e na Inglaterra a cadela de estimação de Carnarvon deitou-se em sua cesta, uivou e logo depois morreu.
No dia em que o túmulo foi aberto, uma cobra (animal que os egípcios acreditavam proteger as múmias) comeu o canário de Carter. E com o tempo todos os que estavam presentes na escavação e na abertura da tumba foram morrendo, um atrás do outro. Somente Carter viveu mais alguns anos.
Esses fatos ajudaram a manter a crença da Maldição do Faraó, apesar de cientistas afirmarem sobre fungos e bactérias que se acumulam nesses lugares antigos e causam doenças fatais.

Até a próxima postagem!

O sonho de Nabucodonosor

Como eu citei no capítulo 18, o profeta bíblico Daniel conseguiu fazer o rei babilônico Nabucodonosor crer em Deus. Ele o conseguiu após desvendar um de seus sonhos.

Após arrasar mais uma vez o povo de Israel, Nabucodonosor teve um sonho que não conseguiu entender. Mal sabia ele que era uma profecia. Esse sonho foi uma obra de Deus, mas como Nabucodonosor pertencia a religião babilônica, ele acreditou que os deuses estavam tentando lhe enviar uma mensagem.


Nabucodonosor sonhou o seguinte: ele via uma estátua dividida em quatro partes. A cabeça era feita de ouro, o peito e os braços eram feitos de prata, o ventre e o quadril eram de bronze, as pernas eram de ferro e os pés eram de ferro e barro. Logo depois uma pedra surgiu do céu e acertou os pés da estátua, destruindo-os. Logo depois toda a estátua se esmigalhou e o vento levou seus pedaços. Porém a pedra começou a crescer e se tornou uma montanha, que cobriu toda a terra.
Era um sonho confuso e que necessitava de interpretação. Nabucodonosor convocou todos os seus conselheiros, mas nenhum conseguia dar uma explicação que favorecesse o rei. Irritado, o rei mandou matar todos os sábios e conselheiros. 


Quando chegaram para matar Daniel, que estava em um treinamento para se tornar conselheiro, este pediu um tempo para poder falar com o rei. Após rezar muito, Daniel teve seu pedido atendido e Deus lhe mandou o mesmo sonho.
Daniel foi levado até Nabucodonosor onde revelou o significado do sonho: as quatro partes seriam quatro reinos que se tornariam grandes na Terra. O primeiro (a cabeça de ouro) era a Babilônia. Após a Babilônia viria um outro reino, porém menor (a parte de prata). Logo após esse viria um reino que praticamente dominaria o mundo (a parte de bronze). E depois deste viria o reino maior e mais forte de todos (as pernas de ferro). Porém o barro misturado ao ferro mostrava que após ele viria um reino dividido. E a pedra seria o Reino de Deus, que viria para se tornar eterno.



Após a interpretação Nabucodonosor ficou perplexo e adorou ao verdadeiro Deus, o Deus de Daniel.


Se avançarmos um pouco mais na história podemos descobrir quais são os demais reinos, já que Daniel revelou apenas o de ouro (Babilônia).
Depois da Babilônia, outro reino que conseguiu se expandir significativamente foi o Império Medo-Persa. Ele seria a parte de prata.
A parte de bronze seria o Império Grego sob comando de Alexandre, o Grande, um dos maiores que o mundo já viu e que conseguiram espalhar sua rica cultura por quase todos os territórios.
As pernas de ferro mostravam o império mais poderoso da Terra, os romanos. Eles praticamente dominaram o mundo (considerando que a Europa, Ásia e parte da África eram o mundo da época).
E os pés de ferro e barro seriam os países da atualidade, divididos em seus próprios ideias e governantes.


Até a próxima postagem!

sábado, 21 de setembro de 2013

Capítulo 21: A unificação do Egito e o Antigo Império

Chegou a hora de falar de um dos meus impérios preferidos, o Antigo Egito.

Tudo começou na África. Vários povos nômades se estabeleceram nas margens do Rio Nilo, formando tribos. O Nilo proporcionava água no meio daquele imenso deserto africano, o que permitia a vida, a criação de animais e plantação.

Com o tempo essas tribos foram se unindo, formando os nomos. O líder desses nomos eram os nomarcas, que tinham poderes absolutos sobre tudo dentro de seu território. Muitas vezes os nomos se juntavam como amigos para se defenderem de animais selvagens, ou para transportarem mercadorias.



Porém, como eu já disse uma vez aqui no blog, onde há povos diferentes, há conflito. As guerras entre nomos eram inevitáveis. Os conflitos por terras férteis aumentava, a medida que a população também crescia. Após muitas guerras, os nomos foram se juntando até formarem somente dois territórios rivais, que se tornaram reinos. Era o Baixo Egito e o Alto Egito.



Cada líder desses dois reinos tinha sua própria coroa. O rei do Baixo Egito usava uma coroa vermelha, chamada decheret. E o rei do Alto Egito usava uma coroa branca, chamada hedjet.



E assim perdurou por muito tempo. Até que em 3100 a.C. Alto e Baixo Egito foram unificados. A identidade de quem realizou a unificação é desconhecida. Alguns historiadores creditam Narmer, filho do lendário rei do Alto Egito Escorpião II (que também era chamado de Escopião Rei). Outros creem que foi Menés, que viria a se tornar o primeiro faraó Egípcio. As coroas do Alto e Baixo Egito foram misturadas em uma só, a Pschent.



Durante esta primeira dinastia e uma segunda, a história do Egito é conhecida como Época Tinita.

A partir da terceira dinastia, temos o período conhecido como Antigo Império. O faraó Djozer foi o primeiro a ordenar a criação das famosas pirâmides, em Saqqara, que serviam como túmulo para os faraós. Ele ordenou o trabalho a seu arquiteto, Imhotep. Também foi ele que mudou a capital do Egito para Mênfis.



Foram construídos canais de irrigação, que consistiam em escavações na terra, fazendo pequenas trilhas, que levavam água do Nilo para lugares mais distantes, permitindo a expansão do império. Os egípcios mostravam a todo tempo que eram mestres em engenharia.



Realizavam muitas expedições em busca de metais e pedras preciosas, além de manterem comércio com o outro lado do Mar Mediterrâneo.

O Antigo Império durou pela terceira, quarta, quinta e sexta dinastias. A capital na época era Mênfis e foi o período em que os egípcios expandiram seu território dominando os demais povos africanos.
Na Quinta Dinastia, o papel dos sacerdotes se tornou mais importante. Surgia uma ideia de que os faraós eram descendentes do deus do sol Rá. O primeiro faraó foi Seneferu, que mandou construir três pirâmides, chamadas de Meidum, Romboidal e Pirâmide Vermelha. Ele foi o segundo a construir pirâmides, depois de Djozer.
Seneferu foi sucedido por Quéops, que foi sucedido pelo filho Quéfren, e logo depois Miquerinos. Esses três construíram as Pirâmides de Gizé (cada pirâmide leva o nome de seu criador). E Quéfren também foi responsável por construir a Esfinge de Gizé.


As Três Pirâmides de Gizé (as maiores, na ordem: Queóps, Quéfren e Miquerinos)


Grande Esfinge de Gizé, com 57 metros de comprimento e 20 de altura, foi esculpida em uma única rocha

Porém os nobres não estavam satisfeitos com a administração dos faraós. Afinal, a economia estava um caos. Os faraós dedicavam todas as finanças e a mão-de-obra a construção das pirâmides (afinal cada um queria construir a melhor pirâmide para viver na vida após a morte). Isso resultou em vários conflitos internos, que terminou com o Antigo Império por volta de 2300 a.C.


_ _ _ _ _ _ _ _ _ _

A história do Egito é realmente muito grande e cheia de coisas fantásticas para contar, por isso vai abranger vários capítulos. Não falei muito da arquitetura, da mitologia, mas não esqueci delas, veremos em breve!

Até a próxima postagem!

Capítulo 20: Os Hebreus

Praticamente tudo que se sabe sobre os hebreus até então é tirado do Antigo Testamento da Bíblia, por isso alguns céticos tendem a duvidar de muitas informações. Porém vamos seguir com o que temos.

O povo hebreu (também chamados de israelitas) surgiu na Palestina, próximo ao Mar Mediterrâneo e banhado pelo Rio Jordão. No início eram apenas grupos nômades organizados em famílias. Por volta de 2000 a.C. um dos patriarcas (chefe das famílias), chamado Abraão, recebeu um chamado de Deus, dizendo para ele e seu povo migrarem para um local chamado Canaã, a Terra Prometida (Palestina). E assim eles fizeram.



Após anos vivendo em Canaã, o território foi assolado por uma seca e falta de comida, e os hebreus tiveram de migrar novamente. Foram parar no Egito. Sua religião diferente, monoteísta (acreditavam em apenas um deus), fez com que eles fossem tachados de inferiores e perseguidos pelos faraós. O povo hebreu foi escravizado, até que Moisés, por volta de 1350 a.C., sob ordem de Deus, libertou o povo.




O faraó deixou os hebreus irem, após as chamadas Sete Pragas do Egito enviadas por Deus, que estavam destruindo o povo. Mas logo depois se arrependeu e mandou peserguir os hebreus. É aí que entra a famosa histórica bíblica, na qual Moisés abre o Mar Vermelho para seu povo passar, e o fecha quando os soldados do faraó iam atravessá-lo.



Esse é o chamado Êxodo, que durou anos e anos, onde os hebreus atravessaram desertos e rios para voltarem a Canaã. Mas quando chegaram em Canaã, os hebreus, agora comandados por Josué, se depararam com outro povo vivendo em sua terra, os cananeus.



Houveram então batalhas, até que os hebreus definitivamente se fixassem na Palestina. Porém o povo estava dividido em doze tribos (as Doze Tribos de Israel). Quem comandava essas tribos eram os juízes, que tinham poderes políticos, militares e religiosos, quase como reis. Entre alguns desses juízes, segundo a Bíblia, estava Sansão, que era conhecido por sua força descomunal e por ter matado um leão com as mãos. Outro juiz famoso era Samuel, o profeta, que escolheu Davi como sucessor de Saul ao ungir sua cabeça com óleo.



Além das guerras com os cananeus, os hebreus precisaram lutar contra os filisteus, outro povo do território.
Para vencerem essas guerras era necessário juntar as tribos, sob comando de um único monarca escolhido por Deus. Deu trabalho, mas conseguiram em 1010 a.C.. O primeiro rei foi Saul, que foi sucedido por Davi em 1006 a.C..
Davi, quando ainda era garoto, derrotou usando uma pedra o campeão filisteu Golias, descrito como um gigante de quase três metros de altura.



Com a morte de Davi, seu filho Salomão assumiu o trono em 966 a.C.. Salomão queria aumentar o poder do reino, então criou várias construções, um palácio, juntou um forte exército e mandou construir o Templo de Jerusalém, que se tornou o ponto de culto principal do povo. Hoje, o que resta dele é o Muro das Lamentações. 



Porém, para construir e manter tudo isso foi necessário a cobrança de impostos. Isso gerou revoltas entre a população.
Quando Salomão morreu as revoltas foram concretizadas e o reino se quebrou. Virou dois outros reinos, o Reino de Israel (composto por dez tribos) e o Reino de Judá (com outras duas tribos), cuja capital era Jerusalém.



O Reino de Israel foi tomado pelos assírios, sob comando de Sargão II, em 722 a.C. e o Reino de Judá caiu perante os babilônios, sob comando de Nabucodonosor, em 587 a.C.

A partir daí os hebreus ficaram sob comando de seus respectivos invasores, até o império Persa surgir e dominar tudo. Os hebreus voltaram para casa, mas nunca mais voltaram a ser grandes novamente, vivendo apenas como tribos.

Isso até a invasão dos romanos pelo imperador Ciro, muito tempo depois, onde os hebreus se espalharam pelo mundo na chamada Diáspora. Mas isso é assunto para os próximos capítulos...


_ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Esse capítulo é parte fundamental das histórias que se seguem, mas pega muitos temas dos capítulos anteriores, por isso recomendo, se você não leu na ordem, ler os capítulos 17 e 18.

Até a próxima postagem!

Capítulo 19: A Fenícia

Na verdade os fenícios são bem antigos, só que surgiram paralelos as outras grandes civilizações mesopotâmicas. Por isso, não quis interromper a história de domínios e guerras entre os povos, colocando a Fenícia no meio. Mas agora que já vimos a Babilônia, podemos começar! Com vocês... os Fenícios!



A Fenícia se localizava no canto da Palestina, no atual Líbano. A posição geográfica favoreceu a civilização que surgia ali por volta de 1500 a.C., os Fenícios, na navegação. A agricultura de grãos e cerais existia, mas não foi a principal fonte econômica.



Com o tempo os fenícios passaram a adaptar os barcos da época para realizar navegações, que eram principalmente destinadas a troca de produtos com os egípcios. É creditado aos fenícios a invenção do barco birreme, o melhor da Antiguidade e que futuramente seria copiado pelos gregos e romanos. Graças a isso, em 1400 a.C. os fenícios dominaram as rotas comerciais do Mar Mediterrâneo.



Com o crescimento da civilização várias cidades-Estado foram surgindo, entre elas as capitais Biblos e Tiros. Cada cidade-Estado era governada por um rei, que geralmente era um comerciante rico ou proprietário de muitas terras.

Além dos barcos, os fenícios inventaram um alfabeto fonético, diferente do criado pelos sumérios. O alfabeto fenício influenciou os que vieram depois, como o árabe e o grego (que foi responsável por introduzir as vogais, que não existiam).

Tinham também sua própria moeda, que retratava um navio e a criatura mística hipocampo.



Em questão de religião, os fenícios eram politeístas e realizavam o sacrifício, tanto de animais quanto de humanos para agradar os deuses. O deus supremo fenício era Baal. Havia outra de destaque, Astharte, deusa da fecundidade.



Atingiram o ápice por volta de 1200 a.C.. E muito tempo depois, em 539 a.C. foram derrotados e dominados pelos persas, de Ciro.




_ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Até a próxima postagem!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...