segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Capítulo 11: Guerra e Religião

No capítulo anterior vimos como a sociedade humana começava a surgir no mundo. Porém, onde quer que haja seres humanos que podem pensar por si, sempre haverá discórdia.

Os clãs começavam a se juntar formando pequenas aldeias com cabanas feitas de gravetos e peles de animais, cercados para animais e campos para plantação.

Uma característica nova era a divisão social do trabalho. Os homens adultos eram responsáveis por caçar. Eles passavam dias longe de casa até voltar com comida para toda a aldeia. O líder era o guerreiro mais bravo, porém agora ele obedecia ao mais velho da tribo, que era conhecido como o mais sábio. O sedentarismo (prática de viver em um único lugar) permitia uma vida mais longa, por isso a expectativa de vida aumentava.
As mulheres e as crianças faziam os afazeres domésticos: alimentavam os animais, realizavam o plantio, cozinhavam e faziam outras pequenas tarefas, como fazer roupas e preparar ferramentas. Cuidar dos bebês ficava por conta das idosas ou das mulheres adultas.



Porém, como eu disse no começo, a discórdia poderia surgir. Existem lugares onde é mais fácil plantar, pois o solo é agradável e o clima é ótimo. Mas existem outros que são secos, desnutridos e não oferecem condições de plantio. Imagine pessoas vivendo nesse segundo ambiente. É óbvio que eles vão querer um lugar novo, e vão querer o primeiro ambiente. Mas e se o primeiro ambiente já estiver habitado? Então, é guerra!

E as guerras eram feias naquela época. As armas rudimentares tornavam a guerra mortal e sanguinária. Martelos e pedras contra cabeças, lanças e flechas contra peitorais nus. A guerra começava a mudar os rumos do mundo.



Paralelo a guerra, a Religião ia surgindo. Todo ser humano tem a necessidade de acreditar em algo, de ter algo para responder suas perguntas. Por que chove? Por que há o dia e a noite? Por que as pessoas morrem, e para onde vão? Era esse tipo de pergunta que precisava de resposta. E os primeiros humanos encontravam respostas na religião.

Já havia o costume de enterrar os mortos. Há milhares de anos isso é feito, onde os primeiros humanos enterravam seus mortos junto de seus objetos.


Pintura rupestre do que parece ser uma festa ou ritual

Registros muito antigos revelam uma adoração a mulher. É óbvio descobrir o porquê: eram elas que geravam novas vidas! Isso é chamado de Religião Matriarcal.


"Vênus de Willendorf", escultura pré-Histórica que representa uma mulher de seios, barriga e vagina fartos, representando a fertilidade.

Com o tempo, a adoração passava a ser destinada a espíritos da Natureza, seres que viviam em coisas da natureza, como árvores, rios e na terra. Acredita-se também na adoração a totens, que seria a primeira forma de personificar o divino.


Mas algo muito maior ainda estava para nascer...

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No próximo capítulo teremos os fatos que levaram a criação da Escrita e o quão ela foi importante naquela época.

Até a próxima postagem!

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